segunda-feira, fevereiro 12

Referendo

Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada por opção da mulher, nas 10 primeiras semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?

Esta era a pergunta a que cerca de 56% dos portugueses eleitores resolveram ignorar, porque para a maioria deles é sempre mais fácil deixar os outros decidirem por nós. É interessante ver que a palavra democracia representa o poder dado ao povo. É interessante ver que o povo sempre a reivindica, mas quando lhes é dada a oportunidade de a pôr em prática ficam de chinelos quentinhos em casa. O referendo não é vinculativo, mas o governo diz que vai fazer a alteração da lei. Por mim vejo isso com bons olhos porque votei sim. Mas não votei no aborto pelo aborto, no aborto de "epá... bolas aconteceu, vamos lá desmanchar isto", votei na liberdade de escolha de se fazer o que se acha certo ou errado. Na essência cada um tem a sua própria consciência, cada um pensa por si. As questões éticas e morais são demasiado complexas e numerosas para poderem ser abarcadas numa unica lei. Por isso eu, respeitando seja qual for outro tipo de opinião, concordo com a despenalização mas nunca concordaria com a liberalização. Porque o aborto não se faz de ânimo leve, ou pelo menos não se deveria fazer. Deixei apenas que cada cabeça pense por si e que não seja o Estado a decidir por todos.
É por isso que eu critico quem não votou e podia. Esses serão sempre os ultimos a poder criticar o que quer que seja, porque esses perderam a oportunidade de ter voto na matéria.

2 comentários:

me... disse...

Vou ser sincera fui uma dos 56%, não por opção mas por nunca mais me lembrar que o cartão de eleitor tambem devia ser alterado quando mudamos de nome...
Mas á 8 anos fui e votei,pena só agora as pessoas se terem juntado ao meu voto.

;)

Tigas disse...

Vá, vá lá tás desculpada