Acho sempre muita "piada" quando por alturas do Natal e Páscoa vêm anunciar o numero de mortos na estrada. É verdade que se morre em demasia nas estradas portuguesas, mas seremos assim tão maus condutores? É que toda a gente culpa a má condução do português, mas ninguém se preocupa em falar do mau estado das estradas nacionais, aí sim onde se morre muito mais, dos IP´s e IC´s. Mas continua-se a gastar dinheiro em super carros desportivos para controlo da velocidade nas AE, para o gozo de meia duzia de tipos da GNR com o 9º ano se divertirem, onde o numero de acidentes representa menos de 1% do total nacional. Já para não falar dos radares em Lisboa, colocados em zonas onde em 16 das 24h do dia os engarrafamentos não dão para sequer para andar a mais de 5 à hora. Talvez pensar numa melhor rede de transportes ajude a diminuir o transito os acidentes e a poluição da cidade. Bastou ver nos dias de chuva intensa do inicio de Dezembro os lençois de água formados em estradas mal projectadas, com piso em deficientes condições, mas disso ninguém fala. Prevenção é algo em que o Estado não aposta. Prevenção não é meter carros atrás das pessoas, radares escondidos. Isso é cobardia encapotada. Prevenção é ensinar civismo na escola, é ensinar desde pequenos os futuros condutores deste pais, é fazer estradas em condições com curvas de relevé contrário, drenagens de água e piso regular.
Mas no Natal vêm todos muito pesarosos dizer que morreram nas estradas portuguesas nesta semana de festas 11 pessoas. Em média em Portugal morrem cerca de 1000 pessoas por ano (já foram quase 2000) nas estradas. Dá cerca de 2,73 mortos por dia em média, ou seja, dá 19 mortos em 7 dias da semana. O que quer dizer que temos muito mais cuidado nesta altura, tendo em conta os numeros e que também existe muito maior circulação automóvel.
Nós não somos maus condutores, vão a Itália, Grécia ou Croácia e depois digam qualquer coisa. Talvez se o Estado pensasse em abolir o ilegal imposto automóvel, as pessoas comprassem carros mais seguros. Não tentem bater no mais fraco. Não sejam hipócratas...
Feliz Natal !
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